O que podemos dizer da FOBIA? No meu caso, estudando um pouco e unindo aos demais conhecimentos que adquiri, acredito que grande parte das fobias podem ser evitadas, desde que, os pais consigam entender o seu papel na educação de seus filhos. Isso é um conceito totalmente válido? Não, mas acredito ser um ponto de partida, ao nos perguntarmos sobre o tema, a pergunta que podemos dar destaque seria: Será que conseguimos evitar as fobias?
Primeiramente, precisamos distinguir o que é Fobia: “Fobia se trata de um transtorno ansioso no qual um medo irracional sobre algo toma conta de nós” – retirado do artigo, no sítio https://www.psicanaliseclinica.com/fobia/. Bom, aqui temos um conceito básico sobre o que é Fobia. Entendemos que é um transtorno ansioso, ou podemos dizer, que é um medo irracional sobre algo, pode ser um objeto, um animal, um lugar, enfim, o fato é que ainda que o perigo eminente, não seja algo tão real assim, a pessoa acredita seriamente que aquilo que está a sua frente pode causar tal dano a ponto do medo tomar conta de si mesmo.
Ao se deparar com o objeto, lugar, ou apenas lembrar que eles existem, podem desencadear alguns sintomas, tais como: preocupação excessiva, tremores, calafrios, irritabilidade, suor intenso, confusão mental, dores de cabeça, tensões musculares, dificuldade de respirar entre outros sintomas mais.
O fato é, segundo Freud, que a Fobia tem sua fase de fixação principal na fase fálica, ou seja, o período de vida da criança que compreende dos 03 aos 06 anos. Há alguns autores que defendem o ponto de que não nascemos com o medo incutido, mas que aprendemos ao longo da vida a termos medo, e que grande parte desses medos, são aprendidos ainda na fase infantil, que compreende de 01 a 06 anos. Claro que não entrarei em uma investigação mais profunda acerca do tema, até mesmo porque temos o instinto, que exerce o papel de sobrevivência do ser humano, além de, estudos preliminares mostrarem que os medos podem ser transferidos de forma genética, porém, analisando que muitos dos medos são aprendidos/ potencializados, precisamos compreender o papel dos pais sobre os filhos, quando o objetivo é colocar medo.
Analisando uma criança de cinco anos, observa-se que ela tem um medo gritante de insetos, a ponto de sofrer como se aquele pequeno pernilongo fosse uma arma mortal contra a sua vida. Segundo os pais, a criança chora e entra em desespero incontrolável ao se deparar com algum inseto, seja formiga, barata, pernilongo e que não tem os pais ali para lhe “salvar” do perigo.
Ao entender mais, questionando os pais sobre tais comportamentos e buscando identificar quando se iniciou o processo, notou-se que foi logo após a mãe ficar assustando a criança com formigas e baratas, o medo se estendeu aos demais insetos e pequenos animais como camundongos.
Veja, o medo foi imposto de forma inconsciente e proposital ao mesmo tempo. Proposital pois a mãe gostaria que ela não tocasse em insetos, em contra partida, criou-se um abismo, um medo desproporcional a ponto de a criança achar que o inseto é um inimigo mortal e que irá tirar a vida dela só no tocar.
Preciso ressaltar aqui que estamos falando de uma criança de cinco anos, e que precisa de ajuda para se encontrar o equilíbrio novamente e entender a proporção das coisas. Mas vamos supor que, esse trabalho não seja feito, o que acontecerá? A criança poderá perder o medo e entender que não precisa ter um medo desproporcional, ou, por outro lado, continuar com o medo desproporcional ao tamanho do real.
O trauma sofrido é perfeitamente capaz de condicionar a pessoa para a repulsa de determinados objetos, lugares, animais entre outros, e diante disso, entender que os pais podem potencializar o medo a ponto de se criar essa experiencia traumática, é importante para que os mesmos tomem os devidos cuidados afim de não causar uma crença que limite o poder de crescimento e evolução natural dos seus filhos.
Ao adulto, vale um trabalho psicanalítico com o objetivo de investigar qual ou quais os eventos traumáticos que trouxeram tal medo, além de buscar o conceito de proporcionalidade, buscando fixar a mente consciente para a o que é real e destruir essas barreiras que repelem essas “ameaças” na vida do indivíduo.
Sem mais, acredito que os pais precisam estar cientes do que está acontecendo com seus filhos, mostrar o caminho, de forma paciente e consistente fazer com que o filho enfrente tais medos, mostrando a realidade dos fatos, sem pressionar, sem obrigar que o mesmo enfrente logo de “cara” o seu medo, a sua repulsa, de forma com que fique livre de vez, por exemplo, o pai que força a criança a tocar em uma formiga para quela perca o medo, isso pode causar um estresse tão grande na criança que ao invés de colaborar para o desenvolvimento a torna ainda mais repulsiva ao pequeno inseto. Da mesma forma que o escuro ou algum lugar. Lembre-se, você é o responsável pela segurança dela, ela deposita em você toda a sua vida, toda a sua confiança, é necessário que você a ajude aos poucos a enfrentar os problemas, os medos para que lá na frente não se torne uma fobia ou algo que realmente a impeça de crescer de forma saudável.
Se for preciso, pegue nas mãos, segure no colo, faça aos poucos, dê um passo de cada vez e respeite o tempo da criança, respeite as suas barreiras até que elas estejam completamente desarmadas e prontas para enfrentar o medo desproporcional. Além dos benefícios da perda do medo, ela ainda terá essa experiência para outros eventos que terá ao longo da vida, uma vez que isso estará no seu inconsciente, facilitando as futuras tomadas de decisões.
Jamais ache que seu filho é fraco emocionalmente, pois ele é, e cabe a você a tarefa de torná-lo emocionalmente forte e preparado para o mundo.
Se gostou, peço que deixe sua curtida e compartilhe com mais pessoas para que possamos mostrar a importância do papel dos pais em relação as fobias de seus filhos.
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